Líder do PT: prisão de Gilson Machado ‘quebra pernas financeiras’ do golpe 3z426o
Ex-ministro do Turismo de Bolsonaro foi preso nesta sexta-feira, 13, por suposta tentativa de obstrução da Justiça 3a676l

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que a prisão do ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE) nesta sexta-feira, 13, vai atrapalhar a arrecadação de recursos financeiros pelos bolsonaristas e os investigadas pela trama golpista.
“Gilson [Machado] era o principal articulador da campanha de Pix do [ex-presidente Jair] Bolsonaro. [A prisão dele] Vai quebrar as pernas financeiras da organização criminosa que continua tentando um golpe contra o Brasil”, afirmou o líder na rede social X no início da tarde. “Toc, toc, toc! É a Polícia Federal! Mais um do núcleo bolsonarista atrás das grades (…). O cerco tá fechando”, completou o parlamentar.
Machado foi preso em Recife nesta sexta por suspeita de obstrução da Justiça, no âmbito de uma operação da Polícia Federal que verifica se ele tentou facilitar um aporte para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid — que é delator no julgamento da trama golpista.
A suposta ação de Machado teria ocorrido junto ao consulado de Portugal em Pernambuco no dia 12, segundo a PF. O objetivo dele seria “viabilizar a Cid a saída do território nacional”.
Segundo um parecer da PGR, há “elementos sugestivos” de que Machado atuou para atrapalhar o andamento da ação penal da trama golpista que ocorreu nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF), o que pode configurar obstrução de investigação. “A Polícia Federal apresenta elementos sugestivos de que o senhor Gilson Machado Guimarães Neto, que exerceu o cargo de Ministro de Estado do Turismo durante a gestão do então presidente da República Jair Messias Bolsonaro, esteja atuando para obstruir a instrução da Ação Penal n. 2.688/DF e das demais investigações que seguem em curso”, disse a PGR.
A investigação só foi iniciada após Machado não conseguir o documento no consulado e sob o risco dele tentar novamente em outro espaço diplomáticos.
Em nota divulgada na última terça-feira, 10, Machado negou que tenha tentado expedir um aporte português para Cid e disse que seu contato com o consulado português teria tido uma motivação familiar. “Eu, Gilson Machado Guimarães Neto, tomando conhecimento das publicações desta tarde, nego veementemente ter ido a qualquer consulado, inclusive o português no Recife-PE. (…) Reitero, nessa oportunidade, que apenas mantive contato telefônico em maio último, com consulado português, tão somente solicitando uma agenda para meu pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães, renovar o aporte, o qual foi feito após dita solicitação”, diz o texto enviado pelo ex-ministro do Turismo.