O retorno indigesto de Greta Thunberg à Suécia 5e336z
Ativista zarpou do sul da Itália rumo à Faixa de Gaza, onde foi interceptada 4a4851

Quando o barco Madleen zarpou do sul da Itália rumo à Faixa de Gaza, a sueca Greta Thunberg, 22 anos, e outros dez tripulantes, incluindo o brasileiro Thiago Ávila, 38, já sabiam que seria quase impossível romper o bloqueio israelense à entrada de ajuda humanitária no enclave. Era missão perigosa. “Estamos preparados para o pior”, disse Thiago a VEJA antes de o grupo ser interceptado, no domingo 8, pelas forças do país comandado por Benjamin Netanyahu. Do mar aberto, foram levados a solo só para aguardar deportação. Teriam sido forçados, no meio-tempo, a assistir a um vídeo com os ataques do Hamas no fatídico 7 de outubro, numa espécie de catequese. Autoridades locais debocharam da empreitada, apelidando a embarcação de “iate da selfie”. Greta, que evita ao máximo andar de avião por razões ambientais, precisou cruzar os céus do Oriente Médio para retornar à Suécia. Ao menos um motivo ela tinha para desfranzir o cenho: a tragédia humanitária em Gaza voltou com tudo aos holofotes.
Com reportagem de Giovanna Fraguito, Nara Boechat e Paula Freitas
Publicado em VEJA de 13 de junho de 2025, edição nº 2948